quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Trilhando a Trilogia do Anel - Parte V




Buenas, pessoal! Chegamos finalmente à postagem sobre O Retorno do Rei e como eu já imaginava, esse post ficou bem maior que os anteriores. Essa é a penúltima postagem sobre a trilogia, então aproveitem e descubram um pouco mais sobre as coisas mostradas no filme!

OBS: Lembrem-se que tem um glossário no fim da postagem com o nome de todos personagens e locais citados no texto ;)









A  M O R T E  D E  S A R U M A N

        Na versão exibida nos cinemas, Gandalf vai à Isengard junto de Aragorn, Legolas, Gimli e o rei Théoden para encontrar Saruman, no entanto partem sem vê-lo, pois a cena em que os dois magos conversam é cortada. Na versão estendida, Saruman do alto de sua torre ataca Gandalf que destrói o seu cajado. Théoden tenta convencer Gríma a descer da torre, mas Saruman impede sendo apunhalado pelas costas pelo conselheiro, que é acertado por uma flecha de Legolas. Saruman então cai da torre, deixando rolar de suas mão a Palantír encontrada por Pippin. No livro, Saruman recusa-se à ajudar Gandalf e também tem seu cajado quebrado, sendo expulso do Conselho Branco e da ordem dos magos. Saruman e Gríma então permanecem na torre até a derrota de Sauron, quando convencem os Ents a deixa-los partir. Ambos vão para o Condado e junto com os aliados de Saruman – homens e hobbits – na região, ele domina o Condado e passa a governa-lo. Quando os Frodo, Sam, Merry e Pippin retornam para o Condado, eles lideram uma rebelião e retomam o controle. Saruman, derrotado, acaba assassinado por Grima após desdenhá-lo e tentar culpa-lo. O conselheiro acaba morto por flechas logo depois. 


A  P A L A N T Í R

         As “Pedras Videntes” são pedras esféricas usadas para a observação e comunicação, criadas pelo artesão élfico Fëanor em Aman, a Terra dos Deuses. Para funcionarem, elas precisam estar posicionadas corretamente, com a face virada para a direção que se pretende visualizar ou para onde estiver a outra Palantír com a qual quer se comunicar, embora nem todas tenham essa propriedade. Após Pippin pegar a Palantír de Gandalf, ele acabou posicionando-a corretamente por coincidência, sendo percebido por Sauron. 

        Algumas Palantíri (plural de Palantír) foram dadas aos Homens que ajudaram os elfos a combaterem Melkor. Eles a levaram para Númenor e antes que ela fosse destruída, Elendil fugiu com uma parcela de seu povo para a Terra-Média levando sete Palantíri, onde fundaria Arnor e Gondor. As Sete Pedras Videntes foram espalhadas pelo reino da seguinte forma: 

As Palantíri de Arnor

         A “Pedra de Elendil”, como era chamada, ficou em Elostirion, uma das três cidades de Arnor bem próxima ao Condado. Poucos sabiam sua localização e foi levada por Galadriel e Elrond para Aman após a vitória contra Sauron. 

        A segunda estava em Amon Sûl, a antiga torre de vigia do Topo do Vento, e a terceira em Annúminas. Elas foram levadas pelos reis de Arnor que fugiram do ataque do Rei Bruxo de Angmar e acabaram naufragando no caminho. 

As Palantíri de Gondor


         A Palantír de Osgiliath era a maior e mais poderosa das Sete, somente ela podia interceptar a comunicação entre as outras Palantíri. Ela ficava na torre sobre a ponte que cruzava o rio Anduin, bem no meio da cidade de Osgiliath. A cúpula da torre onde a Palantír ficava era pintada de estrelas, de onde deriva-se o nome da cidade (os-giliath, a “Cúpula das Estrelas”). Durante uma guerra civil em Gondor, a torre acabou destruída e a Palantír caiu no fundo do rio Anduin. 

           A Palantír de Minhas Ithill acabou nas mãos de Sauron quando seu poder cresceu novamente e tomou de volta o domínio sobre seu território, virando Minas Morgul. Ele então levou a Palantír para sua fortaleza de Barad-Dûr e de lá não saiu até provavelmente ser destruída pela erupção da Montanha da Perdição após a destruição do anel. 

          Originalmente Orthanc era uma torre de vigia e estudo das estrelas de Gondor e lá repousava uma das Palantíri. Saruman então pede as chaves de Orthanc provavelmente tendo em mente utilizar a Palantír para observar as atividades dos reis e vigiar seus arredores. Saruman acabou se comunicando com Sauron que o convenceu de sua vitória iminente e assim o mago decidiu se aliar ao inimigo. Ela acabou resgatada por Gandalf que a levou até Gondor, onde permaneceu após a Guerra do Anel durante a Quarta Era, sendo a única ainda perfeitamente funcional na Terra-Média. 

         A “Palantír de Anárion”, como era chamada, ficava em Minas Arnor, cidade governada por Anárion. Ele era filho de Elendil (Rei de Arnor no Norte) e irmão de Isildur (Senhor de Minha Ithil no Leste). Essa Palantír foi utilizada pelos reis até que Sauron roubou uma das Pedras Videntes, voltando a ser usada somente por Denethor que almejava descobrir os planos do inimigo, mas acabou aterrorizado por Sauron. Denethor estava segurando a Palantír quando se suicidou numa pira e desde então a Palantír de Anárion ficou praticamente inutilizável, pois somente pessoas muito poderosas poderiam ver qualquer coisa nela além das marcas das mãos queimadas de Denethor. 


M I N A S  M O R G U L


          A fortaleza dos Espectros do Anél pela qual Frodo, Sam e Gollum passam para subir as escadarias do túnel da Laracna é Minas Morgul. As palavras “Minas” em nomes de locais geralmente não se referem a um local com exploração de minérios, na verdade “Minas” é uma palavra élfica para “torre”, pois havia muitas nas cidades dos Homens. Minas Morgul, era originalmente uma fortaleza de Gondor chamada Minas Ithil, “A Torre da Lua Nascente”, pois as pedras de suas muralhas foram feitas de modo a refletir a luz da lua em referência ao nome de Isildur que queria dizer “Filho da Lua”. Ela foi construída nas fronteiras de Mordor para vigiar o território do inimigo após Sauron desaparecer com a destruição de Númenor e deixa-la abandonada. 

           Quando o rei Elendil e seus dois filhos chegaram na Terra-Média, eles fundaram os reinos de Arnor no norte, em que Elendil permaneceu como rei, e no sul com Gondor governada por seus dois filhos. Ela era dividida ao meio pelo rio Anduin: No lado oeste, seu filho Anárion construíra Minas Arnor e do lado leste Isildur construiu Minas Ithil. Mesmo o corpo de Sauron tendo sido destruído em Númenor, seu espírito ainda existia em um “recipiente”, pois parte de sua essência estava no Um Anel e enquanto seu último “corpo” não fosse destruído, seu espírito ainda viveria vagando pelo mundo e assim ele conseguiu voltar para a Terra-Média. Sauron retornou secretamente para Mordor e organizou um ataque contra Minas Ithil. Isildur e sua família fugiram num barco para o norte até o reino de seu pai Elendil, em Arnor. Enquanto isso seu irmão Anárion conseguiu expulsar as forças de Sauron de volta para Mordor, retomando o controle sobre Minas Ithil. Isildur então retornou com os exércitos de Arnor e do rei élfico Gil-Galad que se juntam à Anárion na batalha da Última Aliança entre os Homens e os Elfos contra Sauron que é finalmente derrotado, no entanto Isildur não destrói o Um Anel e assim os Espectros do Anel também sobrevivem. Uma grande praga se espalha na região matando muitos homens em Minha Ithil e Osgiliath, então a capital de Gondor é transferida para Minas Arnor e a vigilância sobre Mordor abandonada, assim Os Espectros do Anel facilmente tomam Minas Ithil e a transformam na sua fortaleza que passou a ser chamada de Minas Morgul, “A Torre da Bruxaria”, dando inicio assim ao retorno de Sauron. 


L A R A C N A

         Embora somente apareça no terceiro filme, originalmente o capítulo de Laracna está no final de As Duas Torres. A faminta aranha gigante tem uma origem muito maior do que se possa imaginar a princípio. Laracna é a última cria de Ungoliant, um poderoso espírito maligno que desceu à Terra junto com os Valar, tomando a forma de uma gigantesca aranha e vivendo em sigilo nas Terras Imortais. Quando Melkor escapa do cativeiro dos deuses, ele convence Ungoliant a ajuda-lo a destruir as Árvores de Valinor, que iluminavam toda Terra-Média. Ela suga toda a luz das árvores, pois seu apetite era insaciável, e tecendo uma enorme bola de teia ela leva Melkor para a Terra-Média. Antes de partirem, Melkor roubou várias jóias de Feanor, incluindo as Silmarils que continham um pouco da luz das Árvores. Chegando na Terra-Média, Melkor deu todas as jóias para a aranha que as devorou inteiras e logo quis as Silmarils também. Melkor negou, mas após consumir toda a luz das Árvores Ungoliant ficara terrivelmente grande e Melkor estava preso em sua teia. Melkor soltou um grito de dor que se espalhou por toda Terra-Média e seus servos escondidos nas cavernas, os Balrogs, vieram e lhe libertaram da aranha. Melkor conseguiu fugir com as três jóias de Feanor e Ungoliant se escondeu no norte. 

Ungoliant e Melkor destruindo as  Àrvores de Valinor.

        Ungoliant significa “Aranha Negra” em élfico, mas os elfos também a chamavam de “Tecelã da Escuridão”. Ela cruzou com aranhas comuns apenas para devorar as suas crias. Algumas delas conseguiram escapar, dentre elas as Aranhas Gigantes da Floresta das Trevas que aparecem em O Hobbit e Laracna. Dizem que sua fome se tornara tamanha que acabou devorando a si mesma. Laracna se deslocou para o leste se instalando em Mordor, antes de Sauron. Quando construiu seu reino, o Senhor do Escuro não se livrou da aranha por considerá-la uma boa forma de proteger as montanhas. O Frasco de Galadriel que Frodo usa para afugentar Laracna contém parte da luz das Silmarils que Ungoliant havia tentado devorar. 


O S G I L I A H T

A cidade em ruinas.

          Quando os homens de Númenor fugiram da destruição da ilha, Elendil e seus Filhos Isildur e Anárion fundaram seu Reino na Terra-Média. Elendil fundou Arnor no Norte e seus filhos Gondor, no sul. A capital de Gondor era Osgiliath, chamada de “Cidade das Estrelas” em élfico por causa da torre da Palantír que tinha estrelas pintadas em sua cúpula. Ali, Anárion e Isildur governavam Gondor com seus tronos lado a lado. A cidade fora construída sobre o rio Anduin que também passava pelo reino de seu pai no norte, ligando assim os dois reinos. Anárion morava no lado oeste do rio, em Minas Arnor (mais tarde chamado de Minas Tirith) e Isildur no lado leste, em Minhas Ithil (mais tarde tomada por Sauron e chamada Minas Morgul). 

Mapa de Osgiliath.

         O nome do Rei Elendil seus filhos fazem referência à criação da luz na Terra-Média, pois Elendil significa “Filho das Estrelas”. Após Melkor destruir as Luminárias criadas pelos Valar, Elbereth cria as estrelas e as espalha no céu onde Melkor não poderia chegar. O nome do filho mais novo de Elendil, Anárion, significa “Filho do Sol” e Isildur “Filho da Lua”, pois ambas foram feitas depois das estrelas. O filho mais velho recebeu “Lua” no nome por que os Elfos veneravam a Árvore que deu origem a Lua, considerando-a superior. 

"Osgiliath" por Alan Lee.
        A destruição de Osgiliath acontece junto com o chamado “Declínio da linhagem dos Homens”. O príncipe de Gondor, Valacar, casou com Vidumavi, dos povos do norte que dariam origem ao povo de Rohan. A mistura entre o sangue Numenoriano e o dos “selvagens” desagradou a muitos e quando Valacar morreu e seu filho mestiço, Eldacar, assumiu o trono, houveram muitas revoltas e iniciou-se o conflito entre os homens da linhagem dos reis, chamado de Contenda das Casas, que com as grandes batalhas acabou por detruir Osgiliath e perder sua Palantír no rio. O reclamante do trono que tinha o maior poder militar era Castamir, que expulsou Eldacar e assumiu o governo sobre Gondor. Mais tarde Eldacar retornou e tomou o trono de volta, mas a praga que assolou a região depois forçou com que a capital de Gondor fosse transferida para Minas Arnor, a cidade menos afetada pela praga e rebatizada de Minas Tirith. Osgiliath acabou abandonada e somente após a Guerra do Anel ela foi reconstruída e novamente habitada.




      Bem, meus amigos. Na próxima postagem encerramos o Trilhando a Trilogia do Anel e seguindo com a crítica e analise do Hobbit, concluindo assim nosso ciclo de postagens sobre Tolkien. Clique aqui para ler a continuação, até a próxima!

F. Essy


G L O S  S Á R I O


Aman - O reino dos deuses, também chamado de Terras Imortais.
Anárion - Fundador e primeiro rei de Minas Arnor (depois Minas Tirith).
Arnor – Reino dos antigos reis dos homens no norte.
Castamir - O capitão dos navios de Gondor que tomou o trono do rei mestiço.
Eldacar - Rei de Gondor que foi tirado do trono por ser de sangue mestiço.
Elendil - Fundador do reino dos homens na Terra-Média e pai de Isildur.
Fëanor - Famoso elfo artesão que criou as Silmarils.
Laracna - Aranha gigante que ataca Frodo em Mordor.
Melkor – O Valar mestre de Sauron que tentou tomar a Terra-Média.
Minas Arnor – Antigo nome de Minas Tirith.
Minas Ithil - Nome antigo de Minas Morgul quando era governada por Isildur.
Minas Morgul – Antiga Minas Ithil, forte de vigia de Gondor em Mordor.
Númenor - Reino abençoado dos Homens entre Aman, a morada dos deuses, e a Terra-Média.
Orthanc – A torre onde mora Saruman.
Valar - Os Deuses da Terra-Média.
Silmarils - Jóias criadas pelo elfo Fëanor para armazenar a luz do que se tornaria o Sol e a Lua.
Terras Imortais - A ilha onde moram os deuses, também chamada de Aman.
Ungoliant - Aranha gigante que deu origem a Laracna.
Valinor – Cidade principal do reino dos deuses, Aman.

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